A UMAR já tem vindo a desenvolver o programa de prevenção primária da violência de género desde 2004, há portanto 10 anos. Desde 2008, os projetos no âmbito da prevenção primária contabilizaram mais de 12 000 destinatários/as diretos/as.
No que diz respeito aos/às jovens principais intervenientes do projeto, tal como podemos verificar na tabela abaixo, participaram 3058 jovens. Estes/as tinham idades entre os 10 e os 22 anos, uma vez que o projeto foi implementado em turmas desde o 5º ano até ao 12º ano.

Tabela 1 - Número de jovens abrangidos/as durante o Projeto "Mudanças com Arte"

A UMAR tem também uma vasta experiência na formação de docentes para a igualdade de género e que visavam uma inclusão de uma linguagem não-sexista e de igualdade nos seus conteúdos escolares.
Nesta medida, já formou 400 docentes que estão agora habilitados a reconhecer uma situação de violência, sinalizar o caso e encaminhar da melhor forma para os/as técnicos/as habilitados/as.

 Tabela 2 - Número de docentes formados/as durante o Projeto “Mudanças com Arte”

Relativamente às famílias e encarregados/as de educação, durante os projetos a UMAR conseguiu envolver mais de 1000 pessoas (1181), tal como demonstra a tabela abaixo apresentada.

 Tabela 3 - Número de famílias e encarregados/as de educação abrangidos/as durante o Projeto “Mudanças com Arte”

Em relação ao público em geral, a UMAR sensibilizou para o tema mais 7541 pessoas. Nesta contagem estão não só outros/as alunos/as que não pertenciam ao projeto mas onde foram dinamizadas algumas ações de sensibilização, como outras pessoas presentes em sessões, colóquios, seminários ou tertúlias de entrada gratuita dinamizadas na área da igualdade de género. Só nos últimos 3 anos de projeto foram dinamizadas mais de 75 ações de sensibilização.

Tabela 4 - Número pessoas do público em geral abrangidos/as durante o Projeto “Mudanças com Arte”

Estes números são muito significativos e revelam que, graças à existência deste projeto, mais de 12 000 pessoas ficaram, no mínimo, mais sensibilizadas para a igualdade de género e para todas as formas de violência que esta possa desencadear.

No total a atuação contínua e holística da UMAR teve lugar em 136 turmas e em mais de 32 escolas. Esta atuação teve a arte como ferramenta metodológica na medida em que, esta se traduz como uma fonte de autorrevelação e autotransformação, evidenciando as potencialidades, mostrando as peculiaridades e particularidades de cada ser humano. Tem um efeito formador, oferecendo aos/às jovens instrumentos que os/as capacitem para quando se abordam as questões dos direitos humanos, a arte possui um papel fundamental. Estudos apontam o uso da arte como importante na construção de valores e para uma relação pedagógica que converge em aprendizagens significativas. Assim, a expressão pela arte tende a transmitir ideias e sentimentos acerca do mundo e de si próprio, bem como coopera na formação de novos conceitos ao reestruturar os contactos entre o ser humano e o meio em que este se insere. Para que tal ocorra, a construção do material artístico deve envolver o/a aluno/a, participando nesta como coautor/a.